Wellington Farias

A prisão não são as grades; a liberdade não é a rua. Existem homens presos na rua e livres na prisão. É uma questão de consciência." Gandhi

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Nome:
Local: João Pessoa, Paraíba, Brazil

Leto de "seu" Sales e "dona" Ceiça. Nascido em Serraria, no Brejo da Paraíba, em 1956.

4/28/2006

Cheiro de impunidade...

O secretário de Segurança Pública da Paraíba, Harrisson Targino, enfatizou demasiadamente a versão do policial Janduy Bezerra, acusado de matar o agricultor José Maria, em Pedras de Fogo: a arma teria disparado acidentalmente.

O policial investigava um roubo de bicicleta. Apesar de o autor da queixa haver afirmado que José Maria não era o ladrão, o policial pôs a vítima de quatro e disparou.

Desrespeito

É desrespeitoso o tratamento dispensado a quem vai à Central de Polícia para prestar queixas. A constatação é do jornalista Antônio Vicente, que acompanhou a filha do ator Savio Rolim (foto) à Central, onde foram registrar queixa do desaparecimento do ator.

Pés sobre a mesa, bem posudo na cadeira, monossilábico e indelicado, a pessoa que atendeu não deu a mínima. Renunciando à sua responsabilidade, ainda ousou sugerir: "Por que não vao à imprensa?".

O pior

É claro que torcemos para que nada tenha acontecido com o ator Savio Rolim.

Sávio vive perambulando pelas ruas de João Pessoa, entregue meio à própria sorte, meio às preocupações da filha, Nadja, e dos jornalistas Antônio Vicente e Lúcio Vilar. Há seis dias, ninguém sabe do seu paradeiro.

Se algo de pior tiver acontecido a Sávio, todos vão testemunhas: vão surgir aos montes "amigos de infância" do ator, para fazer média. Principalmente os "homi" do poder.

Voto cassante

Uma ótima receita de como por na rua os parlamentares corruptos, circula na internet, propondo aos brasileiros darem o troco à imoralidade da Câmara Federal, em que PT e PSDB deram-se as mãos para livrar seus corruptos da cassação:

"Chegou a nossa vez de dar o troco!!!Vamos cassá-los, sem distinção, usando a nossa maior arma: o nosso Titulo de Eleitor. Vamos usar o nosso VOTO". "Isto mesmo. Eles agora só retornarão à Câmara se nós votarmos neles novamente. E, usando o voto nós trocamos as peças. Em Out/2006 eles não terão a ajuda de "seus pares" para lhes absolver. Seremos nós, o cidadão brasileiro consciente, com o uso do voto, que faremos a coisa funcionar.

4/27/2006

O analfabeto Político

Eleições vêm ai. Apenas para refrescar a memória:

"O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.

O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais."

Bertolt Brecht

Professores são poucos, ganham pouco e sabem pouco

O relatório 'Educação para Todos 2006 - Professores e Educação de Qualidade', lançado agora pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, mostra que o Brasil é, na América Latina, um dos países com menor grau de formação de seus professores.

Segundo o levantamento, os professores de 1ª a 4ª série (92%) têm apenas o magistério - definido pela Unesco como ensino médio completo mais um ou dois anos de estudo. Apenas Nicarágua e Panamá, entre os países da América Latina que dispõem de dados, estão na mesma situação que o Brasil. A Argentina, por exemplo, tem 67% dos seus professores do primário com ensino superior. No Chile, são 92%.

A pesquisa afirma que o nível de qualificação dos professores cresce em todo o mundo, inclusive no Brasil. Porém, faz uma ressalva: coloca o País, junto com Indonésia e Egito, entre os que precisam fazer grandes esforços para garantir que todos os professores primários tenham ensino superior.

4/26/2006

Esperma é nutritivo? Engorda? Faz bem?

Perguntinha que interessa aos adeptos da felação: esperma realmente é nutritivo? Engorda?. Na dúvida, tem gente que está ingerindo às goladas. A resposta está em "Por que os homens têm tetas?", de Mark Leyner e Billy Goldberg:

"Se considerarmos que você é o que você come, essa afirmação é em parte verdadeira, já que o esperma contem material genético essencial. Mas, apesar de sua importância, ele não apresenta nenhuma particularidade nutritiva ou que faça engordar.

Uma ejaculação normal - cerca de uma colher de chá - contém entre duas e três centenas de milhares de espermatozóides. Total de calorias: cinco.

Essas calorias derivam de proteínas, incluindo enzimas e açúcares, sobretudo frutose, secretadas no sêmen pela glândula prostática para que so espermatozóides tenham a energia necessária para nadar".

Outras boas substâncias encontradas no sêmen incluem água, vitamina C, ácido cítrico, fosfato, bicarbonatos, zinco e prostaglandinas. Uma refeição campeã.

Diário da Imprensa - A prisão de João Manoel

Plena ditadura miliar. Comunista convicto, João Manoel de Carvalho, um dos melhores articulistas políticos da terrinha, vivia cabisbaixo e impaciente porque ainda não tinha tomado uma cadeiazinha. Jório fora rebocado para Fernando de Noronha, Gonzaga estava foragido. E logo ele, o mais ferrenho, nada de carimbar o passsaporte de comuna.

João radicalizou: em frente ao Grupamento de Engenharia, aproximou-se da guarda e bradou: Abaixo a ditadura!! Viva o Partido Comunista!!

O sentinela, que também era simpatizante dos ideais marxistas, reagiu: "Viva!, mas não facilita, vai passando"

Arruaceiros filhos-de-papai ficam impunes em JP

O fato é antigo, mas permanece atual, como nunca, porque a grande imprensa não deu e este blog não existia: dezenas de filhinhos-de-papai foram presos na orla de João Pessoa, depois de um quebra-pau no Mag Shopping. A Polícia veio, interveio, prendeu mais de 20 deles, mas veio ordem superior para soltar todos. Não foi feito nem boletim de ocorrência. Viva a impunidade!!!

Paraíba - Terra e Luz – ao olho do estrangeiro

Imperdível: PARAIBA – TERRA DE LUZ – ao olho do estrangeiro Mostra fotográfica de Anne Pellicciotto – de 28 de Abril a 13 de Maio Restaurante Manjericão – Centro histórico Entrada Franca – Abertura – 28 de Maio às 18 h

A exibicão das fotografias será aberta nestaa Sexta feira (28), no Restaurante Manjericao, Centro Historico, e ficará até 13 de maio. As fotos mostram João Pessoa, a Paraiba – a mistura de imagens do centro historico praias próximas, vilas, pequenas cidades e fazendas do Brejo paraibano. Ela espera que suas fotos vai dar a oportunidade para pessoas para enxergar sua terra bonita aos olhos do estrangeiro.

Anne Pellicciotto nasceu em Washington, DC, EUA, e saiu da sua cidade natal em dezembro do ano passado principalmente porque ela estava cansada de não ver nada de novo lá. “Na rapidez de nossas vidas cotidianas,” diz ela, “nós acabamos deixando de perceber a beleza e a maravilha que é a nossa própria terra.” Ela admite esta situacao, na sua cidade americana, capital da pais, cheia de marcas famosas, monumentos, politicos e vida agitada. Ela precisava de uma mudança. Isto aconteceu em julho do ano passado quando, numa viagem ao Nordeste do Brasil ela redescobriu sua visao e capacidade de fotografar e capturar as imagens de um novo lugar com sua maquina.

Aberta concorrência para ONGs no Tomás Mindello

A partir desta quinta-feira (27) estará aberta a concorrência para as entidades não governamentais que queiram ocupar os espaços do Tomás Mindello para atividades sócio-culturais. O prazo vai até 26 de maio, segundo o edital lançado pela a Subsecretaria de Cultura do Estado. O edital e formulário de inscrição estarão disponíveis na Subsecretaria de Cultura situada à Rua Conselheiro Henriques, 159, centro e na página do Conselho Estadual de Cultura www.paraiba.pb.gov.br/cec . Informações pelos fones (83) 3218-4167 / 3218-4169.

4/25/2006

Cristovam Buarque recebe medalha Augusto dos Anjos

O senador Cristovam Buarque receberá uma homenagem especial em sua visita a Paraíba, na próxima sexta-feira (28/04). Ele será agraciado com a Medalha Augusto dos Anjos, concedida pela Assembléia Legislativa do Estado, numa iniciativa do escritor e ex-deputado paraibano Agassiz Almeida.

Trata-se de um dos títulos mais representativos da cultura paraibana, concedido a personalidades que contribuíram com suas ações e obras para o engrandecimento do setor no Estado. A cerimônia de entrega da Medalha será realizada às 16 horas, na Assembléia Legislativa do Estado da Paraíba (Praça João Pessoa, Centro).

Para o escritor e ex-deputado paraibano Agassiz Almeida, idealizador dessa homenagem, o mérito do senador está representado especialmente em dois grandes serviços prestados à Paraíba, quando ministro da Educação, nos primeiros anos do governo Lula: a criação da Universidade Federal de Campina Grande e da União de Ensino Superior de Campina Grande.

Terra chamando Lula

CLÓVIS ROSSI

SÃO PAULO - Agora, sim, estou plenamente convencido de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva realmente não soube de nada, nadica, da "formação de quadrilha" sob suas barbas. Afinal, o presidente demonstra não saber nada de nada, do que dá prova definitiva esta frase sua, na semana passada, em Porto Alegre: "O Brasil não está longe de atingir a perfeição no tratamento de saúde". À parte o fato de que o certo seria dizer "tratamento de doenças", a frase demonstra a mais completa e absurda ignorância sobre a vida no planeta Terra e no seu próprio país.

Qualquer pessoa em seu juízo perfeito, em qualquer lugar do mundo, sabe que saúde pública é um problemão, talvez um dos itens da pauta em que todos, todos, todos os países, estão longe da perfeição.No Brasil, então, até quem jamais passou pela calçada de uma escola de medicina ou de saúde pública está cansado de saber que saúde pública é um desastre (e os planos privados de saúde também não são exatamente o que pessoas normais chamariam de "perfeição").

Sempre foi assim, aliás. Tanto que o PT tentou colar em José Serra o rótulo de "ministro da dengue". Agora, o PSDB poderia tentar colar em Lula o rótulo de "presidente da dengue", porque ela voltou, robusta, como prova da "perfeição" que atingiu o "tratamento de saúde" no país que Lula governa sem saber como é.

O grau de alienação ou de alucinação revelado pela frase deveria fazer soar todos os sinais de alarme no público -se o público não estivesse completamente anestesiado. Mas, pelo menos no Palácio do Planalto, deveria haver alguma alma caridosa ali no entorno do presidente com coragem para lhe dizer francamente: "Olha, companheiro, está na hora de parar de delirar".

Do contrário, amanhã ou depois, Lula é capaz de afirmar que a Terra é quadrada, que o Palmeiras é, na atualidade, o melhor time do mundo e que Elvis não morreu.

(Publicado na "Folha de S. Paulo", de 25/04/2006).

A estranha história de Roberto Freire

Sebastião Nery

O único político brasileiro da oposição (que se diz da oposição) que aplaudiu José Serra, o Elias Maluco eleitoral, por ter anunciado que agora é hora de destruir Lula, foi o senador Roberto Freire, presidente do Partido Popular Socialista (PPS, a sigla que sobrou do assassinato do saudoso Partido Comunista, melhor escola política brasileira do século passado). Disse: "Serra presta um serviço à democracia".

Para Roberto Freire, "desconstruir", destruir, eliminar o principal candidato da oposição e das esquerdas (com 42% nas pesquisas) é um "serviço à democracia". Gama e Silva nunca teve coragem de dizer isso. Armando Falcão também não. Nem mesmo Newton Cruz. Só o delegado Fleury. Ninguém entendeu. Porque não conhecem a história de Roberto Freire.

Aprovado pelo SNI

Em 1970, no horror do AI-5, quando tantos de nós mal havíamos saído da cadeia ou ainda lá estavam, muitos sendo torturados e assassinados, o general Médici, o mais feroz dos ditadores de 64, nomeou procurador (sic) do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) o jovem advogado pernambucano Roberto João Pereira Freire, de 28 anos.

Não era um cargozinho qualquer, nem ele um qualquer. "Militante do Partido Comunista desde o tempo de estudante, formado em Direito em 66 pela Universidade Federal de Pernambuco, participou da organização das primeiras Ligas Camponesas na Zona da Mata" (segundo o "Dicionário Histórico Biográfico Brasileiro", da Fundação Getulio Vargas-Cpdoc).

Será que os comandantes do IV Exército e os generais Golbery (governo Castelo), Médici (governo Costa e Silva) e Fontoura (governo Médici), que chefiaram o SNI de 64 a 74, eram tão debilóides a ponto de nomearem procurador do Incra, o órgão nacional encarregado de impedir a reforma agrária, exatamente um conhecido dirigente universitário comunista e aliado do heróico Francisco Julião nas revolucionárias Ligas Camponesas?

Os mesmos que, em 64, na primeira hora, cassaram Celso Furtado por haver criado a Sudene, cataram e prenderam Julião, e desfilaram pelas ruas de Recife com o valente Gregório Bezerra puxado por uma corda no pescoço, puseram, em 70, o jovem líder comunista para "fazer" a reforma agrária. Não estou insinuando nada, afirmando nada. Só perguntando. E, como ensina o humor de meu amigo Agildo Ribeiro, perguntar não ofende.

Sempre governista

Em 72, sempre no PCB (e no Incra do SNI!) foi candidato a prefeito de Olinda, pelo MDB. Perdeu. Em 74, deputado estadual (22.483 votos). Em 78, deputado federal, reeleito em 82. Em 85, candidato a prefeito de Recife, pelo PCB, derrotado por Jarbas Vasconcellos (PSB). Em 86, constituinte (pelo PCB, aliado ao PMDB e ao governo Sarney). Em 89, candidato a presidente pelo PCB (1,06% dos votos). Reeleito em 90, fechou o PCB em 92, abriu o PPS e foi líder, na Câmara, de Itamar, com cujo apoio se elegeu senador em 94 e logo aderiu ao governo de Fernando Henrique. Em 96, candidato a prefeito de Recife, perdeu pela segunda vez (para Roberto Magalhães).

Agora, sem condições de voltar ao Senado, aliou-se ao PMDB e PFL de Pernambuco, para tentar ser deputado. Uma política nanica, sempre governista, fingindo oposição. Agente de FHC.

Em 98, para Fernando Henrique comprar a reeleição, havia uma condição sine qua non: impedir que o PMDB lançasse Itamar candidato a presidente. Sem o PMDB, a reeleição não seria aprovada. Mas o PMDB só sairia para a candidatura própria se houvesse alianças. E surgiram negociações para uma aliança PMDB-PPS, uma chapa Itamar-Ciro.

Fernando Henrique ficou apavorado. E Roberto Freire, agente de FHC, o salvou, lançando Ciro a presidente. Isolado, o PMDB viu sua convenção explodida pelo dinheiro do DNER, Itamar sem legenda e a reeleição aprovada.

Durante quatro anos, Roberto Freire saracoteou nos palácios do Planalto e da Alvorada, sempre fingindo independência, mas líder da "bancada da madrugada" (de dia se diz oposição, de noite negocia no escurinho do governo).

Quinta-coluna

No ano passado, na hora de articular as candidaturas a presidente, o PT (sobretudo o talento e a competência política de José Dirceu) começou a pensar numa aliança PT-PPS, para a chapa Lula-Ciro. Itamar disse que apoiava. O PSB de Arraes também. Fernando Henrique, o PSDB e Serra se apavoraram. Mas Roberto Freire estava lá para isso. Novamente lançou Ciro, para impedir uma aliança das oposições com Ciro vice de Lula.

4/24/2006

"O menino e a bagaceira" leva prêmio principal do Cine PE

"O Menino e a Bagaceira" leva prêmio principal do Cine PE, encerrado sábado à noite, além de arrebatar premiação especial da Crítica e das empresas Quanta e Link Digital para transformar o vídeo em película. O documentário foi produzido e dirigido por Lúcio Vilar, com pesquisa de Antônio vicente, este último co-autor da biografia de jackson do Pandeiro.

Aclamando pelo público, o filme pernambucano Árido Movie foi o grande vencedor do festival realizado no Teatro Guararapes, no Centro de Convenções de Pernambuco.

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"O menino e a bagaceira" leva prêmio principal do Cine PE

"O Menino e a Bagaceira" leva prêmio principal do Cine PE, encerrado sábado à noite, além de arrebatar premiação especial da Crítica e das empresas Quanta e Link Digital para transformar o vídeo em película. O documentário foi produzido e dirigido por Lúcio Vilar, com pesquisa de Antônio vicente, este último co-autor da biografia de jackson do Pandeiro.

Aclamando pelo público, o filme pernambucano Árido Movie foi o grande vencedor do festival realizado no Teatro Guararapes, no Centro de Convenções de Pernambuco.

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4/20/2006

A política atrapalhando a educação

Um exemplo de política improdutiva: concluintes da escola estadual Nilton Vitta, em Coremas, estão sem assistir aulas há mais de 15 dias. Motivo: adotaram um fardamento extra para se diferenciar dos colegas e festejar a conclusão de curso. A diretora, Fátima Silva, teria proibido os meninos de entrarem na escola, alegando que as cores são as mesmas do PMDB.

Há um dissse-me-disse, um foi-não-foi danados nessa história. Pelo andar da carruagem a idéia que fica é que o fardamento é mesmo campanha disfarçada dos adversários do governador.

Mas, quem tem autoridade moral para resolver o problema, se o próprio Governo adotou como fardamento da rede oficial de ensino trajes verde-esperança com o catavento de campanha do governador Cassio Cunha Lima? Em suma, o problema é de ordem moral e afeta os dois lados.

Agnaldo assume Diretoria de Jornalismo dos Associados

Com relativo atraso, porque o blog sugriu agora: o jornalista Agnaldo Almeida assumiu a Diretoria de Jornalismo dos Associados na Paraíba. Ele agora é o diretor dos jornais, das emissoras de TV e de rádios do grupo Associados. Segundo confirma Joanildo Mendes, editor-geral de O Norte, a posse aconteceu há mais de uma semana.

Oficialmente, no entanto, Almeida assumirá o posto nos próximos dias, em solenidade a ser prestigiada pelo presidente dos Associados em Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte, jornalista Joezil Barros. Agnaldo Almeida é um dos expoentes paraibanos nas áras de jornal, TV e Rádio.

Desde os anos 70, Agnaldo Almeida é festejado como um dos mais competentes profissionais da Comunicação, na Paraíba. Sobretudo como editor de jornal, ele se projetou como um trabalho - até hoje insuperável - que realizou no comando de A União.

Prefeitura promove concurso para homenagear Augusto dos Anjos

Dentro da programação que marca a passagem os 122 anos de nascimento do poeta paraibano Augusto dos Anjos, a Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope) promoverá o I Concurso de Poesia Falada 'Um dia de Augusto...', para incentivar a produção poética em João Pessoa. O concurso iniciará após o lançamento do projeto 'Tertúlias na Philipéia', nesta quinta-feira (20), às 15h, no calçadão da Avenida Duque de Caxias.

Para concorrer o candidato deve apresentar poema - de sua autoria, ou não - e recitá-lo durante o evento, de acordo com norma estabelecida no ato da inscrição. Não será estabelecido limite de extensão para o poema, que deve iniciar com o verso 'Um dia de Augusto...' e ter como tema central Augusto dos Anjos ou a cidade de João Pessoa.

4/18/2006

Cartaxo quer diálogo entre o PT e partidos da base de Lula

O vereador Luciano Cartaxo (PT) defendeu, na manhã desta terça-feira (18.04) que o Partido dos Trabalhadores cumpra a resolução aprovada no último Encontro Estadual, realizado dia 08 de abril, que determina a abertura de negociações com os partidos da base de sustentação do governo Lula, objetivando composição das chapas majoritária e proporcional que disputarão o próximo pleito eleitoral.

"Estou solicitando ao presidente estadual do partido, deputado Frei Anastácio, que convoque reunião da Executiva Estadual para que a nossa agremiação partidária inicie diálogo com o PSB, PC do B, PMDB, entre outros. É importante abrir discussões com perspectivas de construir um grande palanque, aqui na Paraíba, para a campanha de reeleição do presidente Lula. Devemos priorizar a consolidação de candidato único das forças de oposição para o governo do Estado e Senado, além de viabilizar alianças, com estes partidos, para conquistarmos o maior número de cadeiras na Assembléia Legislativa e Câmara Federal", declara Luciano.

Ariano defende Lula e Elba

Josumar Barbosa

Transcrito do Jornal da Paraiba

O escritor Ariano Suassuna (foto) saiu em defesa ontem, em Campina Grande, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da Transposição das Águas do Rio São Francisco e da cantora Elba Ramalho. Ele proferiu palestra para estudantes, no auditório da Associação Comercial e Empresarial de Campina Grande, onde também apresentou a logomarca do Instituto Nacional do Semi-Árido (Insa). Suassuna afirmou que a chegada de Lula ao governo foi um marco histórico, visto que após 500 anos de descobrimento o povo teve um legítimo representante no poder central. Além disso, Lula está realizando um sonho de Ariano, revelado em 1970, que é a união da América Latina. “Esse sonho está se esboçando e se deve principalmente a Lula”, enfatizou. Diante disso, asseverou: “Eu votei em Lula quatro vezes, vou votar nele pela quinta vez”. Acrescentou Suassuna que “estavam armando para derrubar Hugo Chávez na Venezuela, do mesmo jeito que armaram em 1964, aqui (o golpe militar no Brasil). Já tinha mulher batendo panela na rua para derrubar Hugo Chávez. Foi o apoio de Lula que evitou isso”, argumentou Ariano, complementando que o governo Lula “evitou que se entregasse a base militar de Alcântara aos americanos”.

Burros ingleses terão direitos trabalhistas

A vereadora pessoense, Paula Frassinete, foi submetida a um festival de gozação - de parte da imprensa - em função de um projeto de sua lavra que submeteu à apreciação da Câmara Municipal prevendo submeter animais abandonados à vasectomia. Como sempre, Frassinete fundamentou muito bem o seu projeto, que também tinha o objetivo de evitar a proliferação de animais abandonados, para mais tarde não serem submetidos ao sacrifício.

Em outra ocasião, o vereador Padre Adelino também foi bombardeado com gozações por haver sugerido, na mesma Câmara, que as carroças de burros que trafegam por João Pessoa fossem emplacadas, à semelhança dos automóveis. Ambas as propostas têm suas razões de ser, ou melhor: tinham, porque morreram no nascedouro ao sabor da ignorância que não foi capaz de compreendê-las na essência.

Agora, a mais nova: segundo o jornal britânico The Times, burros que passeiam com turistas terão direitos trabalhistas. Exatamente! Mas não é aqui. É no primeiro mundo, exatamente no noroeste da Inglaterra. Diz o noticiário procedente de Londres: “As autoridades britânicas garantirão os direitos trabalhistas dos burros que trabalham no complexo turístico de Blackpool, noroeste da Inglaterra, com uma ampla gama de medidas que contemplarão a jornada trabalhista máxima de oito horas diárias.

Os cerca de 200 animais que passeiam por duas libras (3 euros ou US$ 3,75) com milhares de turistas pelas praias terão direito a uma jornada de trabalho de 48 horas semanais, um dia de descanso por semana e aproximadamente uma hora diária de repouso para comer. Segundo o jornal britânico The Times, uma equipe de vigilantes patrulhará as praias desta localidade costeira do Reino Unido para comprovar que os donos dos burros cumprem com seu dever e respeitam os direitos dos animais.

Os burros, que desde a época vitoriana se transformaram em um importante atrativo turístico de Blackpool, também serão submetidos a uma revisão periódica dos veterinários, que decidirão se os animais estão em boas condições de saúde para trabalhar. Um porta-voz da prefeitura de Blackpool explicou ao The Times que com estas medidas querem proteger animais que são fonte de renda importante para o turismo da zona e assegurar que os burros estão felizes e sadios. Os burros de Blackpool chegaram ao Reino Unido há anos para trabalhar nas minas, mas mudaram sua atividade e se transformaram em atrativo turístico.

4/17/2006

Jornalismo, profissão em extinção

Por Bernardo Kucinski

Ao Arqueólogo do Futuro: O jornalismo desaparecerá e não deixará ferramentas e utensílios como provas de que existiu, porque ele não se define por uma técnica. Ele define-se por uma ética, e ética não é algo material, que deixe pedaços enterrados no chão.

Prezado arqueólogo, Não sei se você sabe o que é jornalismo. É uma das profissões que hoje estão desaparecendo. Ao jornalista cabe, entre outras funções, relatar os fatos importantes do momento com honestidade e denunciar abusos dos poderosos contra os mais humildes, ou contra o interesse público ou contra a paz entre os povos.

É uma profissão que incomoda muito. Como tenho a certeza de que no seu tempo ela já não existirá, tal a velocidade com que está se extinguindo, quero deixar registrados seus últimos momentos. Mesmo porque, ao contrário das outras profissões que estão morrendo e que devem deixar como rastros as suas ferramentas e utensílios, o jornalismo não deixará nenhum sinal de que existiu, exceto as histórias publicadas em jornais.

O jornalismo não deixará ferramentas e utensílios, como provas de que existiu porque ele não se define por uma técnica. Sua técnica é parecida com a de muitas outras ocupações. Ele define-se por uma ética, e ética não é algo material, que deixe pedaços enterrados no chão.

São muitas as profissões que hoje estão desaparecendo. Cada vez mais são as máquinas e os computadores que fazem os objetos. E até planejam desenham, escrevem, programam, organizam e despacham. Tudo automático. E cada vez mais os objetos deixam de ser consertados quando quebram ou desgastam-se, de modo que também as profissões dedicadas ao reparo dos objetos desaparecem, tornam-se tão inúteis quanto os objetos que deveriam restaurar. É o caso do sapateiro.

Você sabe o que é um sapateiro? É um artesão que fabrica sapatos, um de cada vez, o do pé direito sempre um pouquinho maior do que o do pé esquerdo, por assim, assimétrica, foi feita a espécie humana. O sapateiro também conserta sapatos.

Ainda há hoje, nesse inicio de século XXI os que consertam, mas são cada vez mais raros. Os que fabricam já não há mais, exceto se for para algum caso especial de deformidade. Meu pai foi sapateiro. Por pouco tempo. Abandonou logo, primeiro, porque não levava jeito; depois, deve ter percebido que a profissão não tinha futuro.

Hoje, os sapatos são fabricados em série por máquinas, são chamados, a maioria, de tênis, com marcas esquisitas e, logo que se gastam, são jogados no lixo. A maioria nem é de couro, é de borracha ou um plástico que imita o couro.

Outra profissão que desapareceu de vez, de modo fulminante é a do linotipista. Você deve saber que muitos dos revolucionários deste século foram linotipistas, que ficaram espertos e revoltados de tanto ler sobre as iniqüidades de nosso tempo.

Espero que nas tuas escavações você tenha topado com os indícios macabros dessas iniqüidades, o holocausto, o massacre em Ruanda, as bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki a fome na Etiópia. Os desaparecimentos políticos na América Latina. Voltando aos linotipistas: eles compunham linhas de tipos de impressão em chumbo. Chumbo quente, fumegante. Tinham que tomar leite para não se envenenaram. Tusso isso sumiu com as composições a frio, com a informática, com a microeletrônica. Sumiu também a datilografa.

Você sabia que as pessoas digitavam as letras num teclado de ferro. E que, se errassem uma letra, tinha que começar tudo de novo? Também desapareceram os pestapistas, os paginadores, todos os profissionais que montavam as chapas de impressão. Tudo isso era feito à mão, coisa por coisa, página por página.

O desaparecimento do jornalista está se dando de modo mais sutil, mais imaterial e por processos diversos. Primeiro, uma boa parte deles, em vez de defender o interesse público, dedica-se hoje a melhorar a imagem ou defender objetivos de grandes empresas, de grupos de interesse, governos e políticos. Chamam-se assessores de imprensa. Os mais importantes chamam-se diretores de relações institucionais. Outros jornalistas estão virando uma espécie nova de ficcionista que mistura realidade com imaginação, inventa histórias, usa os personagens do momento para criar enredos imaginário. Ou usa elementos de fatos reais para criar todo um enredo, mais envolvente e dramático.

Assim, não precisam investigar nada, nem comprovar, nem ouvir todos os lados envolvidos num episódio para relatá-lo com verossimilhança, muito menos estudar e pesquisar os temas sobre os quais escrevem. Não são escritores, como se poderia pensar, porque não tem estilo, não tem classe. Usam uma linguagem insultuosa e arrogante, adjetivada, rococó, muito distante também da linguagem clássica do jornalismo, que deve ser objetiva e econômica e, na qual, os fatos devem estar adequadamente hierarquizados e contextualizados. Usam muito o humor e sarcasmo, mas sem o talento e a criatividade dos verdadeiros humoristas. Jogam todos esses elementos dispares num meio novo de comunicação chamado Blog, que não se sabe se é uma comunicação pública ou pessoal. E onde tudo pode ser colocado, fatos, mentiras, fofocas, versões, insinuações, ilações e até acusações. No blog nada dura mais do que duas horas. No blog, tudo é efêmero, fugaz. E divertido. É como se fosse uma sessão de cinema. Assim, o jornalismo também virou entretenimento. Saudações, Bernardo Kucinski

N.E.: Imagine-se endereçando uma mensagem a um arqueólogo do futuro, fornecendo-lhe dados sobre a realidade atual que lhe servissem de apontamentos para o entendimento de nossos dias. A Agência Carta Maior apresenta espaço dedicado a esta inusitada empreitada, com a publicação mensal de textos de importantes intelectuais, cientistas e artistas endereçados ao Arqueólogo do Futuro. O texto de estréia foi de Niéde Guidon, arqueóloga. Em seguida, tivemos o de Eduardo Gaelano, pensador e escritor uruguaio. Depois, o de Moacyr Scliar, médico, escritor, membro da Academia Brasileira de Letras, o de Jorge Timossi, vice-presidente do Instituto Cubano do Livro e diretor da Agência Literária Latino-americana, o de Mirian Goldenberg, doutora em Antropologia Social e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o de Maurício de Sousa, o genial criador da Turma da Mônica, o de Emir Sader, sociólogo e professor da UERJ, o do Chico Anysio, humorista, escritor e pintor, o de Ferreira Gullar, poeta, o de Flávio Wolf Aguiar, escritor e professor de Literatura Brasileira da USP, o de Marcio Souza, escritor amazonense, o de Viviane Mosé, filósofa e divulgadora da filosofia, o de Elizabeth Ginway, brasilianista e estudiosa de ficção brasileira, o de Augusto Boal, teatrólogo criador do Teatro do Oprimido, o de Frei Betto, teólogo e escritor, o de Alfredo Bosi, escritor e professor de literatura brasileira, o de Jorge Furtado, cineasta, e o de Bernardo Kucinski, jornalista e professor da ECA-USP. Todos estes textos podem ser visitados a partir do link abaixo: Transcrito de Ao Arqueólogo do Futuro (http://cartamaior.uol.com.br/templates/index.cfm?home_id=12&alterarHomeAtual=1 )

4/12/2006

Maranhão confia demais no veneno

O senador José Maranhão confia demasiadamente no próprio "veneno": deitado em berço esplêndido, acredita piamente em que está eleito por antecipação. Não comparece a eventos importantes, seja na Capital, seja no interior do Estado, onde a presença do político é decisiva para a conquista do voto. Muito mais que uma opinião pessoal, esta é uma constatação de quem todo final de semana está no interior do Estado, mais precisamente no brejo da Paraíba.

Tanto lá como em outras regiões, as queixas são generalizadas: o senador não comparece aos eventos relevantes, como a festa do padroeiro da cidade de Borborema, onde foi representado pela sobrinha, a deputada Olenka Maranhão que, dizem (e eu não estava lá) sofreu um ensaio de vaia ao se apresentar como representante do tio; como, também, no lançamento do campus universitário da UFPB no Litoral Norte.

No brejo paraibano, os maranhistas declaram aos quatro cantos: "Maranhão não precisa vir aqui, visitar as pequenas cidades. Ele já tem os maiores redutos eleitorais do Estado - João Pessoa, Campina Grande, Patos, Sousa e Cajazeiras. Portanto estas cidades pequeninas não alteram o quadro que lhe é favorável".

A equivocada avaliação dos maranhistas denota que tantos eles quanto a assessoria do senador - com as honrosas exceções - são de uma falta de habilidade política a toda prova. O discurso dos maranhistas afronta os brios dos eleitores das cidades interioranas que estão fora do circuito dos grandes redutos eleitorais, que se queixam de um tratamento que não condiz com a sua importância.

Enquanto Maranhão e maranhistas comemoram a eleição por antecipação, os chamados “inquilinos” do Palácio da Redenção estão promovendo um tremendo estrago eleitoral, principalmente no interior da Paraíba. É muito provável, claro, que a essa altura do campeonato, Maranhão ainda seja o favorito na preferência dos eleitores paraibanos. Não se discute, porém, que Cássio Cunha Lima, sobretudo a partir de agosto do ano passado, vem avançando, e muito, na conquista de eleitores.

Veículo da verdade, ou não, o bombardeio publicitário do Governo do Estado, pela televisão, tem surtido efeito. Tanto quanto a presença do governador Cássio Cunha Lima no interior do Estado. Até agosto, seria uma gargalhada estadual qualquer análise que indicasse o governador Cássio com a menor chance de vitória. Agora, faltando sete meses para a eleição, já tem até quem se proponha a apostar na vitória de Cunha Lima. Prefeitos do interior, que já se alinhavam com a campanha de Maranhão, já não se escondem mais da presença do governador Cássio, e tudo indica que estão prontos para aderir ao menor aceno do Palácio.